Mega-ataque de ransomware atingiu mais de 150 países pelo mundo
Um ataque de ransomware parece estar se espalhando pelo mundo, usando uma ferramenta de hacking que pode ter vindo da Agência de Segurança Nacional dos EUA.
Imagine uma situação em que você liga seu celular ou computador e descobre que ele está totalmente bloqueado: fotos, senhas, documentos, arquivos. Pior: na tela, apenas aparece uma mensagem dizendo que seus dados foram sequestrados e que para liberá-los você terá que pagar um resgate em moedas virtuais que não podem ser rastreadas, como bitcoin, para tê-los de volta.
Esta modalidade de crime, chamada de ransomware, tem feito muitas vítimas por aqui: empresas de todos os portes e segmentos, pessoas físicas, órgãos do governo, bancos, prefeituras.
Na sexta-feira passada (12) ficou gravada na História como a data de um dos maiores ataques hacker, via ransomware, que aconteceram no mundo. Tudo começou na Espanha, em Portugal e no Reino Unido, chegando rapidamente ao Brasil e se espalhando pelo mundo. A porta de entrada do ransowmare WannaCrypt, carinhosamente apelidado de WannaCry, foram as versões XP e Server 2003 do Windows.
Em entrevista para a BBC, o diretor da Europol, Rob Wainwright, afirmou que o ataque, que impactou mais de 10 mil organizações, é algo inédito em termos de escala.
Especialistas dizem que outro ataque poderia ser iminente e ter alertado as pessoas para garantir a sua segurança está atualizada.
"O ataque WannaCrypt é um despertador para todos nós. Precisamos reconhecer nossas responsabilidades para ajudar em respostas rápidas, e a Microsoft está comprometida em fazer a sua parte", completa a companhia.
Perder o acesso a seus arquivos, sejam fotos preciosas ou documentos comerciais, é algo que esperamos que você nunca experimente. Mas se o pior acontecer e seu PC ou celular acabar infectado com WannaCry, CryptoLocker ou algum outro ransomware, o que você deve fazer?.
Ransomware scams: pagar ou não pagar Antes que um ransomware, chamado Wanna Decryptor ou WannaCry, atingisse empresas do mundo inteiro na última sexta-feira, derrubando parte de sua rede, algumas empresas já haviam experimentado o desabor de lidar com o problema.
Em 2016 um hospital em Hollywood ganhou as manchetes depois que admitiu ter pago quase 17mil para recuperar arquivos críticos, incluindo dados do paciente. Segundo relatos, os criminosos destrancam os arquivos do hospital e tudo estava bem apenas 10 dias após o ataque.
Mas não há garantias de que os criminosos por trás de todas as variantes ransomware façam o mesmo. Se você pagar, você corre o risco de não receber nada em troca.
Ninguém está completamente certo da probabilidade exata de obter seus arquivos de volta se você optar por entregar o dinheiro (ou, mais tipicamente, Bitcoins).
Além disso, as empresas raramente admitem pagar resgates, porque isso também admite que sua rede foi comprometida em primeiro lugar.